quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Parabola do Pescador - Pescadores de Homens.



Pescadores de Homens


"    E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mateus 4:19)

A Parabola do Pescador

Uma Teoria da Pesca

Bem, acontece que existia um grupo de pessoas que se intitulavam a si mesmos de "pescadores". E, veja bem, havia um bocado de peixe por lá, naquelas águas. Na verdade, a área era toda cercada por lagos e rios cheios de peixes. E peixes famintos.

Semana após semana, mês após mês, ano após ano, os que se autodenominavam "pescadores" se reuniam em encontros para falar sobre a pesca, a abundância de peixes e como poderiam pescar. Todo ano, eles definiam meticulosamente o que significava pescar, defendiam a pesca como uma ocupação válida e declaravam que pescar era o dever número um de um pescador.

Dedicavam-se continuamente a pesquisar novos e melhores métodos de pescar e novas e melhores definições de pesca. Além disso, pontificavam: "A indústria da pesca vive de pescar, assim como o fogo vive de queimar."  Adoravam lemas como: "A pesca é um dever de todo pescador." Patrocinavam eventos especiais como "Campanha dos Pescadores" e "Mês de Pesca dos Pescadores". Realizavam também dispendiosos congressos, de âmbito nacional e internacional, para debates sobre a pesca, promover a pesca e ficar sabendo a respeito de todos os meios de pesca, tais como novos equipamentos de pesca, chamarizes eficientes para os peixes e qualquer novo tipo de isca que houvesse sido descoberto.

Os "pescadores" ergueram grandes e belas construções chamadas de "Quartel General da Pesca". Sua tese era a de que todo mundo deveria ser pescador e que todo pescador deveria pescar. Só uma coisa, no entanto, eles não faziam: PESCAR.

Além de se reunirem regularmente, organizaram uma entidade destinada a enviar pescadores a outros lugares onde houvesse muitos peixes. A entidade contratou assessorias, criou comissões e realizou muitos encontros para definições de pesca, a defesa da pesca e a decisão sobre que novos lugares deveriam ser cogitados para a pesca. Os membros dessas assessorias e das comissões, no entanto, não pescavam.

Construíram-se amplos, sofisticados e custosos centros de treinamento, cujo objetivo básico e essencial era o de ensinar os pescadores a pescar. Durante anos, ali foram realizados cursos sobre os requisitos necessários à pesca, a natureza dos peixes, onde encontrá-los, suas reações psicológicas e como alcançar e comer os peixes. O ensino era ministrado por doutores em "pisicologia". Mas esses mestres não pescavam; só ensinavam a pescar. Ano após ano, depois de um exaustivo treinamento, muitos eram os que se formavam e obtinham licença para pescar. Eram então enviados a praticar a pesca por tempo integral, alguns deles em águas distantes e muito piscosas.

Muitos dos que se sentiam o chamado para serem pescadores a ele respondiam. Eram designados e enviados a pescar. Mas tal como o pescador que se aposenta, nunca pescavam. Tal como o pescador aposentado, eles passavam a se dedicar a todo tipo de outros afazeres. Construíam, por exemplo, instalações de força para bombear água para os peixes e tratores para escavar novos cursos d'água. Produziam toda espécie de equipamento para viajar daqui para ali, de lá para cá, para vistoriar os criadouros de peixes. Alguns alegavam desejar integrar o grupo dos pescadores, mas haviam sido vocacionados a fornecer equipamento de pesca. Outros achavam que o seu trabalho relacionava-se com os peixes de uma forma de tal modo útil que os peixes poderiam distinguir a diferença entre o bom e o mau pescador. Outros eram de opinião que bastavam simplesmente deixar que os peixes percebessem como eles eram vizinhos terrestres bondosos e gentis, e quanto eram amáveis e agradáveis.

Após um animado encontro sobre "A Necessidade de Pescar", um jovem participante, ao sair dali, foi pescar. No dia seguinte, relatou haver pescado dois apreciáveis peixes. Recebeu as devidas honras pela sua excelente pescaria e foi convidade a comparecer a todos os grandes eventos possíveis para narrar o que havia feito. Deixou, então, de pescar, a fim de ter tempo para relatar a sua experiência de pesca a outros pescadores. Foi também nomeado membro da Junta Geral de Pescadores como sendo um pescador detentos de considerável experiência.

É bem verdade que muitos pescadores tiveram que enfrentar sacrifícios e lidar com toda sorte de dificuldades. Alguns moravam junto às águas e tinham que suportar o cheiro de peixe morto todo dia. Eram ridicularizados por pessoas que faziam chacotas das suas associações de pesca e o fato de se intitularem pescadores sem jamai haverem pescado coisa alguma. Eles não entendiam os que achavam que pouco ou nada adiantavam comparecerem a reuniões semanais para tratarem a respeito de pesca. Pois não eram, afinal de contas, seguidores do Mestre que disse: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens"?

Imagine quão magoados alguns ficaram no dia em que alguém insinuou que aqueles que não pegavam peixes não eram realmente pescadores, independentemente de se proclamarem como tais. E, no entanto, esse alguém estaca certo. Alguém será um pescador se, ano após ano, nunca pescou um peixe sequer? E alguém poderá ser um seguidor do Mestre se não pescar?

Como mostra esa simples parábola, nossa tendência humana é a de nos afastarmos da evangelização, em vez de caminharmos em sua direção. Torna-se mais fácil para nós nos desviarmos de compartilhar Jesus realmente com os descrentes, devido às nossas muitas responsabilidades, pressões e interesses.

é terminantemente importante que os Cristãos - individual e coletivamente - reenfoquemos a nossa prioridade de alcançarmos os perdidos em nome de Cristo.

Reflita nessa parabola, e analise se você esta mesmo! SEGUINDO AO MESTRE! E PESCANDO HOMENS.




Autor: John M. Drescher                                                                                                                          Jhonatta H.

2 comentários:

Caraa... Esse texto me incomodou bastante.
Mais é maravilhoso! *-*

Excelente mesmo, nos leva a uma reflexão profunda de nossas práticas cristãs superficiais. Mas, além da reflexão, é momento de agir, praticar aquilo que se conhece e o dia de praticar o que se conhece se chama "hoje" e a hora é "agora".

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